Por Marcelo Rubens Paiva - escritor
Testemunhamos diariamente em nossos emails, blogs, redes sociais, o mais perverso dos sentimentos: o preconceito.
O sujeito em casa, diante do seu teclado, se sente livre para expor seu amor e ódio publicamente.
Foi o que levou a estudante paulista de Direito, Mayara Pertuso, ao escrever uma mensagem racista no Twitter no último sábado, depois da apuração das urnas, que deu na vitória de DILMA.
“Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”, escreveu.
O que faz uma garota escrever isso numa rede social?
O preconceito transparece junto ao suposto anonimato da internet.
Aqui mesmo, já me chamaram de “aleijado”.
E é evidente que blogueiros e tuiteiros devem agora dar um basta e acionar os órgãos de defesa.
Porque os tuidiotas estão por toda a parte.
Se a liberdade é a essência da internet, a decência deve vir acompanhada.
A estudante foi demitida ontem do escritório de advocacia Peixoto e Cury Advogados, onde estagiava, e vira alvo de ação da seccional de Pernambuco da OAB.
O objetivo da ação que será apresentada ao Ministério Público é responsabilizá-la pelos crimes de racismo, que tem pena de reclusão de 2 a 5 anos e é inafiançável, e de incitação pública, com pena de 3 a 6 meses de reclusão ou multa.
A loucura da estudante se estendeu ao Facebook: “Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171.”
Esta menina tem problemas.
Um simples pedido de desculpa resolve?
E é uma estudante de Direito.
O horror…
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